Wednesday, January 31, 2007

Politics

... "virtue is the condition of liberty" ...

(Extracted from "Politics - A very short introduction" by Kenneth Minogue p. 34 - Portuguese version)

Once we begin to miss judge our values, we enter a path of no return to absolutism.

Carpe Diem,

Monday, January 29, 2007

Test on International Relations (In Portuguese)

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio
Instituto de Relações Internacionais – IRI
Formação do Sistema Internacional Contemporâneo
Prof. João P. Nogueira
Primeira Verificação

Primeira Questão

A Guerra dos Trinta Anos mudou radicalmente a forma como se davam as relações internacionais de poder na Europa do século XVII. Tentativas como a da dinastia Habsburgo de obter o domínio hegemônico sobre a Europa Católica já não seriam possíveis. Durante toda a história européia vemos uma alternância entre as potências de estabelecer um império no continente, porém a Guerra dos Trinta Anos se diferencia de tantas outras por ter sido travada ainda em uma época em que os estadistas tinham pretensões Universais e não aceitavam outro resultado senão a imposição de suas vontades sem preservação da liberdade dos derrotados. Os Habsburgo tiveram a chance de acabar com esta guerra obtendo o controle político sobre a Europa Central mas não aceitaram a condição desejada pelos protestantes desta região de escolherem suas crenças – ele queriam impor o catolicismo romano de qualquer maneira. Tal forma de governar se mostraria no mínimo ultrapassada em uma época em que Richelieu se encontrava liderando a política francesa. Richelieu inventou o que seria chamado de Razão do Estado, política que dominaria a Europa após a Paz de Westphalia. Mesmo a frente de uma França católica, Richelieu abdicou de seguir o comportamento moral padrão para colocar os interesses da França em primeiro lugar, mesmo que isso significasse financiar os adversários dos povos católicos liderados pelos Habsburgo. O Cardeal francês conseguiu eliminar a fragilidade da França cercada por um império Habsburgo em expansão justamente enfraquecendo a esta única potência Européia capaz de reivindicar o controle hegemônico sobre o continente. A Razão de Estado abriria caminho para outro conceito conhecido como equilíbrio de poder. Esta nova forma de pensar a política internacional pode ser entendida como um sistema anti-hegemônico. A Razão de Estado impunha aos governantes considerar os interesses dos estados em primeiro lugar, o que levou a uma política internacional mais objetiva e precisa por parte dos estados que já não mais estariam interessados em impor sua ideologia sobre outros povos ou tomar atitudes Universalistas do gênero pois o exemplo Habsburgo deixava claro que isso só enfraqueceria o estado. A busca pelo interesse nacional abria caminho também para alianças entre estados sem levar-se em conta as similaridades étnicas mas sim a validade estratégica – essa política de alianças flexíveis sem dúvida favoreciam o equilíbrio. A própria busca por parte de cada estado pela sua segurança impedia que qualquer outro estado se tornasse hegemônico na Europa. “Richelieu foi o pai do sistema moderno de Estado”, e os governantes (atores desse novo sistema) teriam que adaptar-se a nova forma de política internacional que transformava a Europa em um tabuleiro de xadrez onde se deveria calcular o poder relativo de cada potência, a necessidade ou não de alianças, a viabilidade ou não de ocupações e expansão territorial, enfim, ou custo benefício para o estado de cada atitude por parte de seus estadistas.


Segunda Questão

Novamente vemos a França influenciar decididamente a história européia e mundial. A Revolução Francesa trouxe ao mundo os ideais de Liberdade, Fraternidade e Igualdade, porém mais do isso, foi a precursora do primeiro estado-nação. Talvez pela primeira vez na história o povo inteiro de um país pegou em armas para defender um ideal e uma nação em que acreditavam. Aí estava a origem de um futuro estado democrático. A França se tornou tamanha ameaça na Europa principalmente por esse idealismo de sua população que estava disposta a tudo para defender a Revolução e levar o ideal libertador para todo o mundo. Pode-se considerar que a postura Francesa era uma nova versão do sentimento universalista e hegemônico que dois séculos antes era a justificativa para o expansionismo Habsburgo. Como conseqüência da Revolução um acordo entre a França Liberal e as demais potências absolutistas européias seria tão ideologicamente incompatível como um acordo entre os Católicos e Protestantes durante a Guerra dos Trinta. A solução viável era impor a nova ideologia na Europa assim como o seria impor o catolicismo. (Tal incompatibilidade ocorreria também na Rússia pós-17 já que a posição Russa de estimular Revoluções de tomada de poder em todo mundo era visivelmente uma barreira nas suas relações diplomáticas com o mundo capitalista). O Concerto Europeu veio então como forma de controlar esta França Revolucionaria com pretensões hegemônicas e restaurar a antiga ordem absolutista, ordem essa totalmente anacrônica como a história haveria de mostrar. A forma encontrada pelo Concerto para garantir a paz foi a super valorização da balança de poder como única política capaz de impedir novas guerras continentais. A balança de poder funcionou perfeitamente na Europa por um certo período de tempo e uma época de paz foi certamente conquistada pela simples inviabilidade prática de se seguir uma política expansionista visto que uma aliança anti-hegemônica era sempre uma realidade. Porém a grande estabilidade criada pelo concerto acabou por determinar que somente uma gigantesca força desestabilizadora poderia abalar suas estruturas. Esta força seria justamente o anacronismo dos estados autocráticos. A redivisão dos territórios conquistados pela França foi um exemplo disso. Esta divisão não observou de forma alguma a origem étnicas dos territórios que foram concedidos, por exemplo, a Áustria. Esta, aliás, já era um império em clara decadência e somente sua tradição possibilitou seu fortalecimento. Este fortalecimento de uma Áustria fraca se mostraria como uma das causas das Guerras Mundiais do séc. XX justamente pela contestação por partes de povos de origens diversas sobre a legitimidade do poder Austríaco. (Deve-se levar em conta, em favor do Concerto, que a fragmentação destes territórios seria causador de disputas entre as potências pelo controle dos mesmos – exatamente o que aconteceu com os territórios da Europa Central pós guerra dos trinta anos.) Em suma, o Concerto gerou uma grande estabilidade e decisivamente conteve o expansionismo da França. Porém a ainda existência de conflitos, o declínio da Áustria, a possibilidade do crescimento da Prússia visto o enfraquecimento da França e Áustria, o surgimento de novas potências mundiais, entre outros, acabaria por fazer do Concerto Europeu um simples controle supra-estrutural garantidor da paz enquanto a infra-estrutura estava cada vez mais gerando desequilíbrios que, pela simples natureza do Concerto, só aflorariam quando fossem demasiadamente fortes para serem contidos.


Quinta Questão

Dois séculos depois a política de Richelieu de prolongar a Guerra dos Trinta Anos para fortalecimento da França ainda marcava a estrutura do continente europeu. A fragmentação dos estados germânicos adiou, em muito, a unificação alemã que só ocorreu nas mãos de Bismark no século XIX. O intervalo decorrido até que a Prússia conseguisse estabelecer seu domínio sobre a Europa central foi o suficiente para gerar uma instabilidade que se prolongaria por décadas. A unificação tardia apesar de garantir à Alemanha se tornar uma potência européia, não possibilitou que ela participasse da fase inicial do imperialismo europeu e da divisão do mundo em colônias. Como conseqüência lá estava a Alemanha industrialmente uma potência, mas sem status de potência pela visível falta de um império colonial. Além disso, o surgimento de uma nova potência em uma época de Concerto Europeu foi uma tarefa complicada conseguida por Bismark devido a sua grande habilidade no jogo diplomático. Bismark conseguiu equilibrar-se em uma série de alianças aparentemente incompatíveis que garantiram a unidade alemã conquistada basicamente por uma seqüência de guerras. Esta realidade era por si só profundamente instável. Em primeiro lugar a unificação baseada em um nacionalismo alemão que só se mostrava (em princípio) em tempos de guerra é sem dúvida instável. Em segundo lugar um malabarismo diplomático também é impossível de ser mantido a longo prazo. Esta instabilidade foi ampliada quando Bismark foi afastado do poder por Guilherme II que claramente não queria ficar à sombra de Bismark, mas que não possuía objetivos claros que fossem governar suas decisões. Guilherme segundo sabia que governava a talvez maior potência européia da época mas não sabia como adquirir o status de grande potência. Assim talvez estava o povo alemão, que unido por guerras queria agora ter a certeza de que fazia parte de uma grande “nação”. Tudo isso gerou a seqüência desetabilizadora da política externa alemã. Inicialmente a própria não renovação de acordos com a Rússia demostrava uma menor habilidade política alemã do que nos tempos de Bismark. As intervenções em assuntos geo-políticos (como no caso de Marrocos) mostrava também uma falta de objetivos claros da política externa da Alemanha. Esta potência desestabilizadora e possívelmente imprevisível acabou por transformar a Europa em uma bomba relógio. O interesse de ser respeitada acabou se materializando na busca constante pelo crescimento do poderio militar. Sem saber como agir contra a nova potência continental, acabou unindo outras potências contra a Alemanha. Este foi o caso da França e Rússia, que possuíam problemas distintos com a Alemanha, mas que viram a necessidade de unir-se para conter tamanha força. A falta de visão por parte do governo alemão acabou também por possibilitar à França atrair para seu lado uma antiga rival: a Inglaterra. Esta última que, por seus conflitos com a Rússia e França, se esperava que entrasse em acordo com a Alemanha, acabou contra ela. Isto pode ser explicado pela falta de habilidade de Guilherme II em manter a Inglaterra como aliada, mas respeitando a política inglesa de mantedora da Balança de Poder. Ou seja, faltou à Alemanha um comportamento com objetivos claros e definidos que acabariam por gerar a Primeira Guerra. Deve-se mencionar, entretanto, que a vontade alemã de se tornar uma super-potência a qualquer custo, é, em parte, entendida pelo fato de grande parte da últimas guerras européias terem sido travadas em solo alemão, o que gerava necessariamente o medo de que isso voltasse a ocorrer. Também a busca por um maior nacionalismo alemão é fruto da falta de nacionalismo causada pela fragmentação da Alemanha pós guerra dos trinta anos (fragmentação esta que era interessante para a França, que buscava uma posição mais confortável através do enfraquecimento de seus adversários). Tudo indica a ausência de uma única causa para as Grandes Guerras do século XX.


(First published: December 2001)

Carpe Diem,

Criação (In Portuguese)

Criar como criação
Replicar idéias dando-lhes nova significação
Sistemas que não são em si, mas parte de um sistema maior

Variações sobre o mesmo tema
Reutilização como parte da criação
Ver, vir, ouvir … testar, criar

Engenharia, medicina da tecnologia
Razão que tenta fugir da razão
Criatividade, criação

Universidade, casa do conhecimento
Professor como aluno, aluno como professor
Reutilização como parte da criação

Novo no velho, velho no novo
Novidade
Recriar o já criado, o novo, nossas vidas

Como não ver a beleza
Das variações sobre o mesmo tema
Do novo, do velho, do TUDO

A beleza da criação

(First published: August 22nd, 2000)

Carpe Diem,

Perda de Tempo (In Portuguese)

Fila de banco

Que perda de tempo

Perdendo energia, disposição, motivação


O que nos faz depender

Da boa vontade de um ser

Que nem sequer precisa

De sua presença alí



Que perda de tempo



Agonia que dá

Ao inicio da fila

Todos olhar sem saber se há

Algo que possa fazer

Pra menos tempo perder



Que perda de tempo



Quando finalmente se chega

Ao tão sonhado atendente

Ainda lhe resta a dúvida

Se tudo não foi em vão

Por nada se poder fazer

A respeito de sua situação



Que perda de tempo



Espero aogra na fila

Não a primeira mas a segunda

Menor, porém mais lenta

Muito mais lenta


(First published: August 2000)

Carpe Diem,

The Matrix - Review

What is the matrix? Actually this is not the important question, rather – what is not the matrix? The Matrix is a film to show us an idea of our reality. However, as it’s a movie like any other, it had to make money – they made the philosophical point, but in a film that would be likely seen by as many people as possible, thus generating profits.

Good guys, bad guys. Humans and machines. Masters and pupils. Prisoners and guards. The chosen one. Love. Betrayal. Fights, runners, learning processes. Winners and looser. People willing to get free, people fighting to stay in prison. Good guys almost lose. Love and Hope save the day.

Which movie did I just talk about? Probably most films ever made have some or all the topics I pointed out. So, what is different about The Matrix?

Oh yes! Special effects, sound effects, costume designers, screen play. Actors and actresses. Slow motion action sequences. Everything a good film should have.

Still those are qualities that a great number of movies certainly have. And, maybe, Matrix does not distinguish itself decisively in most of those categories. Nevertheless I am not afraid to say that Matrix is the best film I’ve seen in the last few years.

I believe it would be a great movie only cause of the qualities I’ve mentioned above. What makes it unique, though, is the next thing I’m going to say: The Matrix is a metaphor of the world we live in. I am not saying the “reality” is exactly the way it is shown in the movie; instead I believe we live inside a “matrix” that we call universe. What are miracles? Rules that we take as static and universal being bent or broken. What is our spirit? Simply our “real body” outside the matix.

Things we got used to hear are explained by this metaphor. When someone heal himself by willpower, he only realized that his “real body” (outside the matrix) is perfectly healthy and so should be his body here. When a person loses an arm, for example, and feels like it is still there, it is the arm outside the matrix he is noticing.

It is easy to go on like this, writing more and more examples. However I am sure you will come up with some of your own, and maybe consider the idea that it might all make sense.

What is not the matrix? What is not the matrix is what I will call the Outer Universe where our spirits exist. I think that we can live a much better life if we try to taste a little bit of that Outer
Universe.

(First published: August 18th, 2000)

Carpe Diem,

Frames and Cookies (how to)

Internet Explorer (or any other Browser) may prevent the use of cookies (and consequently sessions) when HTML frames point to files located in different servers. A possible solution to that "error" involves setting up a proper Privacy Policy (see "Platform for Privacy Preferences Project - P3P" link bellow). You can do that by sending the following HTTP header data to the client system:

P3P: CP="CAO PSA OUR"

Here is the code in PHP:
<?php header('P3P: CP="CAO PSA OUR"'); ?>

For more info:

http://james.jamesandkristin.net/2005/11/18/php-session-cookie-in-frames-using-internet-explorer/

http://www.w3.org/P3P/

Carpe Diem,

Thursday, January 25, 2007

Bismarck's Dictum

"Woe to the leader whose arguments at the end of a war are not as plausible as they were at the beginning."

(extracted from "Diplomacy" by Henry Kissinger p. 217)

A long term and solid justification (or reason) for any choice should also be a prerequisite to any human-to-human war.

Carpe Diem,

Wednesday, January 24, 2007

Patience

Patience. Definitely one of the most important virtues.

Friday, January 19, 2007

Paradigm Change

"Bismarck was indeed the child of a different era from that of his erstwhile mentor. Bismarck belonged to the age of Realpolitik; Gerlach had been shaped by the period of Metternicht. The Metternicht system had reflected the eighteenth-century conception of the universe as a great clockwork of intricately meshing parts in which disruption of one part meant upsetting the interaction of others. Bismarck represented the new age in both science and politics. He perceived the universe not as a mechanical balance, but in its modern version - as consisting of particles in flux whose impact on each other creates what is perceived as reality. Its kindred biological philosophy was Darwin's theory of evolution based on the survival of the fittest."

(extracted from "Diplomacy" by Henry Kissinger p. 127)


Should we determine our politics based on our moral values or based on desirable outcomes? What is better suited for the short-term? Does it make a difference in the long run? Is there a right choice?

Wednesday, January 17, 2007

George Bernard Shaw

"There are two tragedies in life. One is to lose your heart's desire. The other is to gain it."

(extracted from "Diplomacy" by Henry Kissinger p. 22)

Captain Corelli's Mandolin - Why

... "that we should not ask why we are wounded, only if the wound can be healed" ...

Sunday, January 14, 2007

Les Miserables (Musical)

"The chain will be broken
And all men will have their reward.

"Will you join in our crusade?
Who will be strong and stand with me?
Somewhere beyond the barricade
Is there a world you long to see?
Do you hear the people sing?
Say, do you hear the distant drums?
It is the future that they bring
When tomorrow comes!"

http://www.lyricsondemand.com/soundtracks/l/lesmiserableslyrics/finalelyrics.html

Saturday, January 6, 2007

Jewel - Innocence Maintained

"Nature has a funny way of breaking what does not bend"...

A New Approach to Blog Advertising (*)

There it goes the top two reasons why I have not yet advertised my blog (not even to friends and family):

1) I want to see how it behaves while "hidden". (There has already been a surprising first comment.)

2) It's interesting to have a history before people start accessing it, so that its shape can emerged and more content becomes available.

Carpe Diem,

Tuesday, January 2, 2007

The Circle of Circles

Last year (three weeks ago) I visited the Museum of Contemporary Art (MAC) Niteroi (in Rio de Janeiro / Brazil). The curators' attempt was to establish a parallel between the Greek Gods and the Orixas (Divinities) in the Brazilian's Candomble (a religious syncretism between African and Catholic faiths).

The exhibit was primarily a set of marble statues from the Pergamon Museum in Berlin. Although a lot can be said about Religion and Gods and Greek Arts, I will focus on the paradigm of statue recovering. Why were some statues fully recovered, while others remained missing noses, arms, legs and so forth?

One museum staff told me that, depending on when the statues were discovered, different approaches were taken. Funny enough, at one time it's cool to add everything back (from ears to fingers) whereas at another it's fashion to let it be as found.

The Deviant Advantage tells us about that march of beliefs from the fringe to mainstream society.( Someone has just been hanged to remind us of that.)

Is history a circle? Is the End of History the perception of it? Will we be considering history as the Native Indians did?

I have a theory of mine that, presumptuously, lays eyes on that matter. I call it the Circle of Circles. Perhaps we will have time to draw some lines about it. Or I will just figure out that it has already been said by someone else (and I'll let you know).

Carpe Diem,